Fiquei deveras embevecido e de certa forma melancolicamente feliz – por muito que este estado possa parecer paradoxal – com este texto do Ricardo no seu blogue Devaneios.
O pequeno texto que acompanha as imagens de quatro discos originais do deus Francis Albert deixou-me à beira do comovimento melómano:
«É tudo muito lindo, muito lento, muito crepuscular, muito melancólico, mas ninguém bate o génio do Original. Nem ontem, nem hoje, nem nunca.»
Porventura, bastar-me-ia um, In the Wee Small Hours – considerado por muitos musicólogos como o álbum mais triste e nostálgico da história da música, donde destaco os exemplares “I'll Be Around”, “In the Wee Small Hours of the Morning”, “Dancing on the Ceiling” ou “What is This Thing Called Love”, e como epítome da melancolia, cujo título resume tudo, há o soberbo “Glad To Be Unhappy”, «fools rush in / so here I am …» da famosa dupla Rodgers & Hart – para abrir a torneira das minhas emoções mais profundas.
Mas como o tempo é de alegria – nos três dias que nos restam até ao equinócio de Outono – aqui deixo ficar quatro álbuns dignos de um antidepressivo para o necessário e salutar período pós-melancolia, que a exemplo dos álbuns exibidos pelo Ricardo pertencem à denominada fase “Capitol Years”, que todo o sinatreiro reconhece como uma das melhores e mais produtivas.
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