(In)felizmente, eis-me de volta ao país que me (nos) tortura. Nove dias de ausência. Seis horas de diferença horária que, deliciosamente, me afastaram das atribulações lusas. Muito calor, uma humidade relativa que nos conduz ao devaneio, assaz evolucionista, de possuir guelras como sistema respiratório de recurso e alternativo ao sistema pulmonar. Tequilas – de todas as formas e feitios –, Mojitos, Mai-Tais e uma gastronomia de tal forma portentosa que decerto contribuiu para o adensar das gotículas de vapor de água no ar, desventuradamente insuficientes para libertar em igual proporção a massa adiposa que insiste em crescer à volta da minha barriga.
Notas:
Notas:
- Um abraço para todos aqueles que por esta via ou por outra me desejaram, com uma salutar inveja, uma boa e retemperadora estada no além-mar.
- Um abraço de parabéns ao Francisco José Viegas pelo primeiro aniversário do seu excelente blogue A Origem das Espécies, cujo crescimento tive o real privilégio de acompanhar, na qualidade de um quase anónimo na blogosfera, seguindo uma liturgia de leitura diária de rito (francamente) ortodoxo – a ausência por lazer por vezes tem destas coisas…
- Entre furacões e benditas excitações de amor e amizade dos meus mais próximos com o Ernesto e o John, recebi uma notícia de um 4-2… Adiante! Ainda vou ver os ferrenhos defensores de outrora a autopromoverem-se a torquemadas do tempo presente. O lume já corre brando…
- O país – esse amontoado de despojos da Justiça (fui benévolo, estou um mãos largas!) moldado pelos medíocres e pelos impunes fazedores de medíocres que os querem no poleiro – contenta-se com umas décimas dadas de borla pela OCDE na previsão para o crescimento económico do ano que corre. Tudo na mesma… Como se umas míseras décimas de ponto percentual nos colocassem na linha da frente junto dos denominados Tigres da Europa. O crescimento médio previsto para o PIB na UE é de 2,7%;
- Resta-me a Literatura, para referir que a lista de frases iniciais exemplares será completada com contributos idos que injustamente ficariam num dos arrumos do disco duro do meu computador e por outros que, entretanto, chegaram à minha caixa de correio electrónico.
- Quatro curtos e bons livros que li nestes dias de benfazeja modorra estival (por ordem de leitura):
- O Segredo de Joe Gould – Joseph Mitchell – Dom Quixote;
- O Navio-Farol de Blackwater – Colm Tóibín – Dom Quixote;
- O Corpo Enquanto Arte – Don DeLillo – Relógio D’Água;
- O Mestre de Petersburgo – J.M. Coetzee – Dom Quixote.
Prometo voltar em breve, já refeito deste Jet Lag.
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