sexta-feira, 26 de maio de 2006

F. Scott Fitzgerald

F. Scott FitzgeraldEm 1940, apenas com 44 anos, morre um dos maiores nomes de sempre da literatura norte-americana. Membro cimeiro, a par de Hemingway e Faulkner, da denominada Geração PerdidaLost Generation – no campo da literatura, escreveu, para além de outros trabalhos, um sem número de contos e 5 romances: Este Lado do Paraíso (This Side of Paradise, 1920); Belos e Malditos (The Beautiful and Damned, 1922); O Grande Gatsby (The Great Gatsby, 1925); Terna é a Noite (Tender is the Night, 1934) e o inacabado O Último Magnate (The Last Tycoon, 1940).
Com o seu primeiro romance (Este Lado do Paraíso) enriqueceu – apesar de descender de uma família irlandesa já de si endinheirada, porém esbanjadora.
Scott jamais logrou alcançar o êxito de vendas da sua primeira obra; embora o seu romance O Grande Gatsby seja, hoje em dia, unanimemente considerado como o seu melhor, o verdadeiramente aclamado como a obra-prima.
Casado com a impulsiva Zelda, Scott sustentava a sua vida plena de excessos, de exuberância e de vícios tão próprios das luzes da ribalta escrevendo contos, para posterior venda.
Em 1922 publica uma colectânea de 6 contos denominada por «Tales of the Jazz Age» - uma possível tradução seria “Contos da Era do Jazz”, na qual está incluído – como já referi neste blogue – o conto «The Curious Case of Benjamin Button», que servirá de base a um filme homónimo realizado pelo cineasta norte-americano David Fincher (Alien 3, Se7en, O Jogo, Clube de Combate, Sala de Pânico e do ainda não estreado Zodiac), com participações asseguradas de Brad Pitt e Cate Blanchett.

Aqui ficam, em tradução livre, as primeiras linhas do referido conto:

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O estranho caso de Benjamin Button

Tão distante como em 1860, nascer em casa era a coisa mais apropriada a fazer. Actualmente, assim mo deram a saber, os ilustres deuses da medicina decretaram que o primeiro choro do rebento deveria ser entoado no ar anestésico de um hospital, de preferência num que fosse sofisticado. Logo, os jovens Mr. e Mrs. Roger Button estavam cinquenta anos adiantados para a época quando, num dia de Verão de 1860, decidiram que o seu primeiro bebé deveria nascer num hospital. Nunca se chegará a saber se este anacronismo foi relevante para esta história espantosa que irei contar.

Aqui apenas irei relatar o que ocorreu, deixando o poder de julgar à vossa consideração.
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De F. Scott Fitzgerald, “The Curious Case of Benjamin Button”, Tales of the Jazz Age, 1922. [Tradução livre: AMC]

Boas leituras e bons filmes para este fim-de-semana que promete ser tórrido!

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