O amor voltará a destruir-nos
Quando a rotina castiga de forma severa,
E já são curtas as ambições,
E um forte ressentimento prospera,
Sem que irrompam as emoções.
E vamos mudando os nossos caminhos,
Percorrendo estradas diferentes.
Então o amor, o amor voltará a destruir-nos.
Por que está o quarto tão frio?
Viraste-te na cama para o outro lado.
Falhei o momento correcto?
Esgotou-se o nosso respeito.
Porém ainda resiste esta atracção
Que guardámos nas nossas vidas.
Mas o amor, o amor voltará a destruir-nos.
Choras durante o sono,
Expões todos os meus fracassos.
Na minha boca forma-se um gosto,
Sempre que o desespero aperta.
Apenas isto, algo tão bom
Que já não pode funcionar.
Enquanto o amor, o amor voltará a destruir-nos.
Versão II*: AMC, Nov/2007. Love Will Tear Us Apart, Joy Division (1980).
*versão corrigida. Menos preocupada com as rimas e mais brutal. A destruição da relação, ao invés do eufemista "afastamento", ou "distanciamento" – que adveio de Touching from a Distance.
Boa sessão!
«Glenn Gould said, "Isolation is the indispensable component of human happiness."» [Contraponto] «How close to the self can we get without losing everything?»
Don DeLillo, “Counterpoint”, Brick, 2004.
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Mais Perto (Curtis, Dia D)
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1 comentário:
eis como é sempre possível mais uma bela tradução portuguesa de um belíssimo poema
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