sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Tiro de partida: Maratona

Provavelmente, o livro na imagem será o último dos editados em 2007 que irá ser objecto de apreciação aqui neste blogue. São 895 páginas quase desprovidas de parágrafos, carregadas de caracteres que formam palavras esparsamente visíveis a olho nu.
Inicia-se a maratona literária cujos primeiros vestígios da linha de meta serão talvez divisados nas cercanias da consoada, tudo dependerá da minha condição física e espiritual ao quilómetro trinta
Até lá, com alguma hipótese de cumprimento, e sem que disso se faça uma promessa política – leia-se mentira –, divulgarei as minhas notas de prova sobre o confuso e atarantado Homem em Queda de DeLillo e do empolgante Aprender a rezar na Era de Técnica, escrito pelo talentoso e incansável, nas imediações de Borges – é a minha opinião –, Gonçalo M. Tavares. Na realidade, o último livro da tetralogia "O Reino" é uma obra a roçar a perfeição, pela profundidade da reflexão, pela genialidade do simbolismo e, sobretudo, pelas suas originalidade e criatividade; porventura, face ao actual panorama das letras lusas, tratar-se-á de um romance inigualável nos tempos mais próximos – infelizmente, Agustina não é eterna...



«(…) as únicas coisas indispensáveis à vida humana são o ar, o comer, o beber e a excreção, e a busca da verdade. O resto é facultativo.»
Jonathan Littell, As Benevolentes (Dom Quixote, 1.ª ed., pág. 13; trad. Miguel Serras Pereira).

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