terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Para perguntas idiotas…

…respostas à medida.

No blogue do New York Times, Paper Cuts, “Perguntas Vadias a…

«GC: Neste momento, está a trabalhar em quê?
MP: Em primeiro lugar, no meu falsete à Bee Gees no chuveiro. Depois, na paz mundial – se por “paz* mundial” estivermos a falar em código para um livro cuja história se passa numa vila espanhola, baseada no meu desejo, de há muito, em provar um certo pedaço* de queijo tão efémero e mundialmente famoso que só por uma vez lá foi feito.» (continue a ler no NYT)
[Tradução: AMC]

*Nota: intraduzível em português: palavras homófonas “peace” (paz) e “piece” (pedaço).

GC – Gregory Cowles (Paper Cuts)

MP para Paterniti, Michael Paterniti, o homem que a bordo de um Buick Skylark conduziu através da América profunda o patologista octogenário Thomas Harvey e o cérebro de Albert Einstein, acondicionado num Tupperware colocado na bagageira, para que o segundo, quarenta anos após a morte do cientista, o pudesse entregar à neta do terceiro, Evelyn Einstein, que vivia na Califórnia. Escreveu Ao Volante Com Mr. Albert: Uma Viagem através da América com o Cérebro de Einstein (ed. port. Teorema; Driving Mr. Albert: A Trip Across America with Einstein's Brain, 2000).

Nota: Thomas Stoltz Harvey (1912-2007) foi o homem que autopsiou o corpo de Albert Einstein quando este morreu a 18 de Abril de 1955 no Hospital de Princeton.
No entanto, por amor à ciência, Harvey não só manteve o cérebro na sua posse durante 41 anos, como o seccionou em mais de duzentas partes, nunca apresentando quaisquer resultados das possíveis análises patológicas, e, pasme-se, qual Robin dos Bosques da ciência forense, forneceu amostras do cérebro a quem o houvera solicitado. A acrescentar a tudo isto, há a errância de Harvey por diversos Estados americanos, sempre transportando o cérebro do pai da Teoria da Relatividade; até que, em 1996, regressa a Nova Jérsia e o entrega, definitivamente, ao Chefe de Patologia do Hospital de Princeton, Elliot Krauss para posterior estudo (note-se que todas as conclusões forenses, hoje em dia conhecidas, sobre o cérebro de Einstein são relativamente recentes dado este episódio rocambolesco que durou mais de quatro décadas).

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